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terça-feira, 9 de agosto de 2011

A PARTICIPAÇÃO DAS CIRANDAS:  VIDA À 6° CONFERÊNCIA  MUNICIPAL DE SAÚDE

Por Mayana Dantas

Desde as discussões sobre as Pré-conferências, nós (as Cirandas) nos apresentamos como parceiros deste evento. Ilustrando em árvores as palavras norteadoras dos debates, demos, mais uma vez, vida ao que se mostrava estático. Com nossas dificuldades e um pouco de timidez, crescemos e aparecemos junto aos outros protagonistas da Conferência Municipal de Saúde.
Demos o ar da graça logo na abertura, abrilhantando a festa com música e poesia. Já nos grupos, nos dividimos flexivelmente entre os diferentes eixos, do mesmo modo que integramos os diferentes grupos de votação; cirandeiros que somos: gestores, profissionais e usuários do SUS. Talvez, precisemos ainda ter a coragem, articulação, engajamento, discussão, auto-reflexão, mostrarmos a nossa cara, vestirmos a nossa fantasia e gritarmos:


Aplaudirmos ainda a aprovação da proposta que cria a Política de Educação Popular e Práticas Populares e Integrativas de Cuidado.
Houve muita confusão na construção das propostas, vimos algumas serem atropeladas, outras, má questionadas, por falta de atenção para com quem estávamos falando e de contextualização. Como dialogar de acordo com a proposta da educação popular? Tudo nos serve de lição, já diria o cirandeiro que o riso é o remédio para esse mundo frenético.
A moção de insatisfação e repúdio à comida do hotel, que, doce, gordurosa e cheia de lactose, afastou os hipertensos, diabéticos e outras pessoas com necessidades alimentares especiais, inibindo a participação popular na Conferência! Sem falar no atendimento do restaurante que, com certeza, irá inibir a participação popular de outras que ainda hão de acontecer ali.
Foram tantas moções, tantas propostas que nos transportavam a tão longínquos caminhos de nossa realidade. Tudo isso pode nos levar a pensar que o que vale mesmo, no sentido freireano, é mantermos a esperança. No mínimo, de que a discussão nos leve mais adiante, mesmo que um pouquinho e, para apaziguar a pressa de que cheguemos logo ao fim da caminhada, é bom lembrarmos que “O caminho se faz ao caminhar”.