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terça-feira, 28 de setembro de 2010

PROJETO CIRANDAS DA VIDA APRESENTA SUAS EXPERIÊNCIAS PARA A SMS DO RIO DE JANEIRO

De 20 a 22 de setembro, o projeto Cirandas da Vida, representando as experiências de Educação Popular em Saúde da SMS de Fortaleza, compartilhou experiências com as equipes de Educação em Saúde da SMS do Rio de Janeiro. Além das diversas atividades que marcaram a passagem das Cirandas pela capital carioca, houve a participação na roda de conversa “Ciência, Arte e Educação Popular em Saúde” na Fiocruz como parte da programação do VI Simpósio de Ciência, Arte e Cidadania e o IV Fazendo Arte na Ciência. Conforme os organizadores,
“2010 é um marco para a articulação da ciência e da arte na Fiocruz. Ao completar 110 anos, comemoramos dez anos de atividades dos Cursos de Ciência e Arte do Instituto Oswaldo Cruz e o sucesso das atividades da Tenda da Ciência, espaço de visitação do Museu da Vida que realiza eventos relacionados à ciência e arte. Os cursos já envolveram, numa rede educativa de ciência e arte, mais de 500 pessoas, artistas, cientistas e agentes de saúde e de cultura”.
A partir da Gestão de Saúde de Fortaleza, o projeto Cirandas da Vida, ao incorporar a dimensão da arte como potência de produção das práticas de saúde dos territórios no diálogo com os profissionais, os movimentos e a população, conquistou reconhecimento como estratégia de educação em saúde. Parte da educação popular, através de uma pedagogia dialógica que reconhece as práticas e saberes populares, gerando conexões com os saberes científicos e é permeada pelo tripé “educação popular em saúde, práticas integrativas e populares de saúde e as linguagens da arte” como luz e olhar clareador, afetivo e efetivo dos processos de educação permanente em saúde. A vasta programação no Rio de Janeiro evidenciou esta política que faz parte da Gestão de Saúde de Fortaleza.
Na manhã do dia 20, aconteceu o encontro com a equipe de Educação em Saúde da SMSRJ e outros atores da gestão. O objetivo foi o de compartilhar as experiências das duas secretarias, buscando aprendizados para o fortalecimento das práticas educativas em saúde numa perspectiva emancipatória dos diversos sujeitos envolvidos. Com a proposta metodológica do “Círculo de Cultura” e a problematização cenopoética apontou-se para reflexões com base na experiência das Cirandas enquanto processo pedagógico em seus princípios e percursos metodológicos. O roteiro cenopoético citado foi construído também pelos cirandeiros que não puderam estar presentes no Rio. Desse momento inicial, surgiram palavras/idéias geradoras que foram discutidas e problematizadas em cinco subgrupos animados pelos cirandeiros com os outros partícipes e que envolveram a experiência prévia de todos os presentes. Algumas questões iniciais foram:

  • Que concepções iluminam nossas experiências?

  • Quais os caminhos metodológicos que temos trilhado?

  • Como temos nos articulado nos territórios onde atuamos?

  • Que aprendizados percebemos e em que eles ajudam a transformar a realidade desses territórios?
Cada grupo produziram uma síntese criativa do que discutiu buscando mostrar as conexões e singularidades entre o que foi debatido.
Na tarde do dia 20, tivemos as experiências no território. A idéia inicial foi a de que a equipe das Cirandas compartilhe os caminhos (sinfonias) das Cirandas que possam contribuir com o trabalho educativo de forma vivencial. Assim foi pensado em trabalhar com as seguintes metodologias: Círculo de Cultura Brincante, facilitado pelo cirandeiro Jair Soares; Vivência de Cenopoesia, facilitada pelo assessor artístico pedagógico Ray Lima; Oficina do Riso, facilitada pelo cirandeiro Honorato Filho; Oficina de Quadrinhos, facilitada pelo apoiador pedagógico Francisco Josenildo; Roda de Conversa sobre Socioeconomia Solidária, facilitada pelo coordenador das Cirandas Elias José da Silva e a sistematização das experiências a cargo da Dra. Vera Lúcia de Azevedo Dantas, assessora pedagógica do Sistema Municipal de Saúde Escola. Os participantes se dividiram para acompanhar as diferentes experiências conforme roteiro de sistematização previamente elaborado. Ao final do dia, todos os grupos apresentaram um resultado que lance olhares de possibilidades sobre o contexto das práticas de educação em saúde.
Na manhã do dia 21, a Dra Vera Dantas compôs a roda de conversa Ciência, Arte e Educação Popular em Saúde na Fiocruz e todo o coletivo das Cirandas conforme o desenvolvimento da conversa interviu de forma criativa. Na tarde do mesmo dia, houve a Oficina de análise dos produtos pedagógicos das Cirandas e do grupo do RJ. CD, DVD, Histórias em Quadrinhos e Roteiro Cenopoético, bem como espetáculo, rap, receitas poéticas, etc. constituem os produtos das Cirandas e do RJ. A oficina aconteceu na Fiocruz. Na manhã do dia 22, participamos da continuidade da roda sobre ciência, arte, cultura e desenvolvimento local, na Fiocruz. Na tarde desse dia, aconteceu o encontro de avaliação dos aprendizados com o Círculo de Cultura e a produção de uma síntese cenopoética.
Além da programação diurna, as noites da segunda e terça, se constituíram de partilhas artísticas mais livres onde houve o lançamento do livro “Lâminas” do poeta e assessor artístico pedagógico das Cirandas, Ray Lima.

Contato: Elias José – 91917475 – Coordenador Programa Cirandas da Vida.